PONTE INTERCONTINENTAL 9
Enquanto reflectia como fechar esta saga foi perseguido por outro pensamento: - Como é que se pode definir a Turquia?
Procurei a resposta nos meus apontamentos de viagem e registos fotográficos, mas não a encontrei! Restava-me apenas as lembranças, dos diálogos que travei com Filipe, que se começam a diluir. É curioso, mas a resposta já tinha sido dada e de forma unânime: A Turquia é um país de contrastes.

Esta interpretação poderia ser justificada pelas distintas culturas que encontrámos. Em Istambul a influencia ocidental descaracterizou a herança islâmica da Turquia, mais para Este, em Kars, a influência Arménia, Curda, Turca e Russa transporta-nos para a Ásia Central e Sanliurfa, consequência da sua proximidade com a Síria, transmite-nos o sabor do médio oriente.
A Turquia é uma mescla, não só de culturas mas também de paisagens. Desde as praias do Egeu, ao monte Ararat nas montanhas a leste, onde a lenda conta que a Arca de Noé ficou encalhada, não existe uma homogeneidade na paisagem deste país.

Mas o melhor exemplo de contraste surge na comparação de duas experiências vividas respectivamente em Trabzon e Kusadasi.
Trabzon localiza-se na costa do Mar Negro e caracteriza-se pelo seu porto marítimo. Kusadasi é banhada pelo mar Egeu sendo um destino preferencial para o turismo de sol e praia. Em Trabzon a nossa procura por um lugar com divertimento nocturno levou-nos a um local que se avistava do nosso quarto de hotel e o qual baptizei de a CASA. A mesma tarefa em Kusadasi apresentou-nos um Irish pub numa rua repleta de bares.
Poderia definir A CASA de muitas formas mas simplificando tratava-se de uma casa de meninas! Para ser mais preciso uma casa de Natashas.
A nossa mente ocidental rapidamente distingue e classifica os dois locais nocturnos, produzindo juízos de valor sobre a nossa opção em permanecer dentro da CASA. Mas a realidade é completamente oposta ao que o senso comum nos quer impor.

Na CASA estavam algumas Natashas (best of da estrada nacional n.º1) sentadas num canto sem se misturar com um número desproporcional de homens. A música provinha de um homem dos sete instrumentos acompanhado na voz por uma Natasha. A pista de dança estava ocupada por homens dançando em conjunto no limiar do tipificado por hollywood como bar gay! Por vezes as Natashas aproximavam-se da pista mas com uma atitude pudica não permitindo qualquer tipo de contacto mais atrevido, algo surrealista!
Já no Irish pub, o ambiente era completamente louco. A maioria dos clientes era de origem inglesa e do sexo feminino. Inglesas na louca semana de escape ao país sombrio querendo apenas um parceiro para sexo. É conhecida a sua apetência pela ingestão de bebidas alcoólicas em grandes quantidades, o que degenerou na loucura acompanhada com alguns shows de striptease…

A justificação para este contraste é a segregação que a mulher ainda sofre em muitos lugares da Turquia, resultando em pouca ou nenhuma socialização entre sexos. Um dos melhores exemplos para o confirmar é o comum casamento por arranjo com a irmã do amigo que por sua vez se casa com a sua irmã!
Fomos à procura do país das mil e uma noites e descobrimos um país de mil e um contrastes.
FIM
Procurei a resposta nos meus apontamentos de viagem e registos fotográficos, mas não a encontrei! Restava-me apenas as lembranças, dos diálogos que travei com Filipe, que se começam a diluir. É curioso, mas a resposta já tinha sido dada e de forma unânime: A Turquia é um país de contrastes.
Esta interpretação poderia ser justificada pelas distintas culturas que encontrámos. Em Istambul a influencia ocidental descaracterizou a herança islâmica da Turquia, mais para Este, em Kars, a influência Arménia, Curda, Turca e Russa transporta-nos para a Ásia Central e Sanliurfa, consequência da sua proximidade com a Síria, transmite-nos o sabor do médio oriente.
A Turquia é uma mescla, não só de culturas mas também de paisagens. Desde as praias do Egeu, ao monte Ararat nas montanhas a leste, onde a lenda conta que a Arca de Noé ficou encalhada, não existe uma homogeneidade na paisagem deste país.
Mas o melhor exemplo de contraste surge na comparação de duas experiências vividas respectivamente em Trabzon e Kusadasi.
Trabzon localiza-se na costa do Mar Negro e caracteriza-se pelo seu porto marítimo. Kusadasi é banhada pelo mar Egeu sendo um destino preferencial para o turismo de sol e praia. Em Trabzon a nossa procura por um lugar com divertimento nocturno levou-nos a um local que se avistava do nosso quarto de hotel e o qual baptizei de a CASA. A mesma tarefa em Kusadasi apresentou-nos um Irish pub numa rua repleta de bares.
Poderia definir A CASA de muitas formas mas simplificando tratava-se de uma casa de meninas! Para ser mais preciso uma casa de Natashas.
A nossa mente ocidental rapidamente distingue e classifica os dois locais nocturnos, produzindo juízos de valor sobre a nossa opção em permanecer dentro da CASA. Mas a realidade é completamente oposta ao que o senso comum nos quer impor.
Na CASA estavam algumas Natashas (best of da estrada nacional n.º1) sentadas num canto sem se misturar com um número desproporcional de homens. A música provinha de um homem dos sete instrumentos acompanhado na voz por uma Natasha. A pista de dança estava ocupada por homens dançando em conjunto no limiar do tipificado por hollywood como bar gay! Por vezes as Natashas aproximavam-se da pista mas com uma atitude pudica não permitindo qualquer tipo de contacto mais atrevido, algo surrealista!
Já no Irish pub, o ambiente era completamente louco. A maioria dos clientes era de origem inglesa e do sexo feminino. Inglesas na louca semana de escape ao país sombrio querendo apenas um parceiro para sexo. É conhecida a sua apetência pela ingestão de bebidas alcoólicas em grandes quantidades, o que degenerou na loucura acompanhada com alguns shows de striptease…

A justificação para este contraste é a segregação que a mulher ainda sofre em muitos lugares da Turquia, resultando em pouca ou nenhuma socialização entre sexos. Um dos melhores exemplos para o confirmar é o comum casamento por arranjo com a irmã do amigo que por sua vez se casa com a sua irmã!
Fomos à procura do país das mil e uma noites e descobrimos um país de mil e um contrastes.
FIM