DESPERTAR CONSCIÊNCIAS
O título ALMA NÓMADA transmite a necessidade individual em partir.
Existem distintas razões que justificam esta necessidade. A minha resulta de uma imensa curiosidade em explorar o desconhecido e contactar com novas culturas. Outros há, cujo desejo é fugir do quotidiano, por um pequeno período de tempo e existem também aqueles que apenas pretendem apanhar sol e banhar-se em águas tropicais.
O que me incentivou a escrever esta crónica é o facto de existirem milhares de seres humanos com “ALMA NÓMADA”, consequência de outras motivações.
Um exemplo muito actual é os milhares de potenciais emigrantes da África subsariana.
Nos seus horizontes encontra-se a Europa. Partem em débeis excursões, muitas das vezes organizadas por máfias ligadas ao tráfico de seres humanos. Este trânsito de centenas de milhares de pessoas reflecte-se em Marrocos, devido à escassa distância da costa espanhola.
Antes o “salto” era dado por mar, através do Estreito de Gibraltar ou nas águas do arquipélago Canário. Mas o reforço da vigilância obrigou-os à escolha de novos itinerários. Agora ensaiam a entrada através de avalanchas em Ceuta e Melilla.
Estes enclaves espanhóis em Marrocos, não possuem mais que 20 km de fronteira terrestre. A sua pequena dimensão, encobre uma das maiores "fronteiras" entre dois territórios contíguos do planeta, no que se refere a rendimentos percapita.
Facto que motiva a louca tentativa dos imigrantes, que procuram a todo o custo atingir a Europa, muitas vezes em condições sub-humanas e arriscando a vida.
Os Camarades, nome pelo qual são denominados em Marrocos, escondem-se na floresta aguardando a oportunidade para entrar em Ceuta e Medilla. Actualmente, devido à cimeira hispano-marroquina, a policia marroquina intensificou a sua perseguição, com o intuito de os deportar.
Sentindo-se encurralados decidiram organizar assaltos em massa. Primeiro na passada terça-feira em Melilla mais de 500 Camarades tentaram a sua sorte e na quinta-feira foram mais de 600 em Ceuta.
Resultando em mais uma página negra da nossa história: 10 mortos e mais de 100 feridos, muitos dos quais com gravidade.
Estou ciente que a Europa não possui condições, para receber tantos imigrantes. E que as actuais definições de capitalismo e globalização, não prevêem os Camarades.
A questão é, para onde caminhamos? As diferenças entre países ricos e pobres acentuam-se cada vez mais, tornando utópica a ideia de convergência.
É minha opinião, que só uma nova ordem mundial poderá alterar esta situação, e que a mesma ocorrerá após o despertar de consciências…
Existem distintas razões que justificam esta necessidade. A minha resulta de uma imensa curiosidade em explorar o desconhecido e contactar com novas culturas. Outros há, cujo desejo é fugir do quotidiano, por um pequeno período de tempo e existem também aqueles que apenas pretendem apanhar sol e banhar-se em águas tropicais.
O que me incentivou a escrever esta crónica é o facto de existirem milhares de seres humanos com “ALMA NÓMADA”, consequência de outras motivações.
Um exemplo muito actual é os milhares de potenciais emigrantes da África subsariana.
Nos seus horizontes encontra-se a Europa. Partem em débeis excursões, muitas das vezes organizadas por máfias ligadas ao tráfico de seres humanos. Este trânsito de centenas de milhares de pessoas reflecte-se em Marrocos, devido à escassa distância da costa espanhola.
Antes o “salto” era dado por mar, através do Estreito de Gibraltar ou nas águas do arquipélago Canário. Mas o reforço da vigilância obrigou-os à escolha de novos itinerários. Agora ensaiam a entrada através de avalanchas em Ceuta e Melilla.
Estes enclaves espanhóis em Marrocos, não possuem mais que 20 km de fronteira terrestre. A sua pequena dimensão, encobre uma das maiores "fronteiras" entre dois territórios contíguos do planeta, no que se refere a rendimentos percapita.
Facto que motiva a louca tentativa dos imigrantes, que procuram a todo o custo atingir a Europa, muitas vezes em condições sub-humanas e arriscando a vida.
Os Camarades, nome pelo qual são denominados em Marrocos, escondem-se na floresta aguardando a oportunidade para entrar em Ceuta e Medilla. Actualmente, devido à cimeira hispano-marroquina, a policia marroquina intensificou a sua perseguição, com o intuito de os deportar.
Sentindo-se encurralados decidiram organizar assaltos em massa. Primeiro na passada terça-feira em Melilla mais de 500 Camarades tentaram a sua sorte e na quinta-feira foram mais de 600 em Ceuta.
Resultando em mais uma página negra da nossa história: 10 mortos e mais de 100 feridos, muitos dos quais com gravidade.
Estou ciente que a Europa não possui condições, para receber tantos imigrantes. E que as actuais definições de capitalismo e globalização, não prevêem os Camarades.
A questão é, para onde caminhamos? As diferenças entre países ricos e pobres acentuam-se cada vez mais, tornando utópica a ideia de convergência.
É minha opinião, que só uma nova ordem mundial poderá alterar esta situação, e que a mesma ocorrerá após o despertar de consciências…
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