22 junho, 2005

LIMITE: O CÉU 3.2

O homem sempre sonhou em voar. As máquinas voadoras projectadas por Leonardo da Vinci foram o prenúncio aos planeadores dos Irmãos Wright, que permitiram ao ser humano a perda de contacto com o planeta. Porém a liberdade absoluta só surgiu com o primeiro salto de pára-quedas do balonista francês Andre-Jacques Garverin, que o desenvolveu para exibições em feiras.
Com a evolução tecnológica o pára-quedismo tornou-se extremamente seguro e acessível a todos.



Mas o pensamento de saltar para o vazio, como de um suicídio se tratasse não fugia da minha cabeça. Apenas conseguia alhear-me dele enquanto me equipava.

Como estávamos rodeados por água (ria e mar) era obrigatório o uso do colete salva vidas. Enquanto o colocava só me lembrava dos kamikases japoneses que nunca levantavam voo sem o capacete!

O equipamento é constituído por um arnês, ao qual está fixado o pára-quedas principal que possui um sistema de abertura automática (por meio de uma tira extractora ligada ao avião) e o de reserva caso algo dê para o torto, um altímetro e um dispositivo de segurança, que actuará sobre o pára-quedas de reserva caso se atinja uma altura critica sem nenhum dos pára-quedas aberto.
Tudo isto é complementado com um capacete equipado com rádio para receber instruções. No meu caso particular tive direito a uns óculos de protecção às lentes de contacto, que sugeriam uma diminuição da minha resistência ao ar!

Estava preparado, pelo menos no que se refere ao equipamento, pois o julgamento que tinha iniciado alguns minutos antes resultou numa constante alternância de veredictos: inocente, culpado, inocente…

PRÓXIMA CRÓNICA: [LIMITE: O CÉU 3.3]

1 Comments:

Blogger Alberto Fernandes said...

Não queria ser as tuas cuecas por nada deste mundo!!!!

22/06/05, 19:45  

Enviar um comentário

<< Home