17 agosto, 2005

SPOT ROOTS: MARROCOS 6

Na despedida da saga -SPOT ROOTS: MARROCOS, os protagonistas presenteiam-nos com memórias da experiência:

Hugo:[Excerto da Surata n.º41: Fússilat (Os Detalhados)]
O Corão, ou Alcorão, Qur'an, Quran, Koran ou em árabe قُرْآن, é o livro sagrado do Islão. Os muçulmanos acreditam que o Corão é a palavra literal de Deus (Alá) revelada ao Profeta Maomé.
O Alcorão é dividido em 114 suratas e é formado de um total de 6.342 versículos.
O seu título significa "Recitação" ou "Leitura".

Eliana:[ESTA É A ROSA]

"A encerrar este capítulo, aqui ficam as minhas “impressões e sensações” sobre o país:

Mesmo antes de transpor a fronteira a pobreza ressalta, em todo o país é presente e notória, mais generalizada no interior, mas perfeitamente evidente nas grandes cidades. Esta falta de recursos condiciona, certamente o comportamento deste povo e a forma como nos tratam. Nós, os turistas, somos bem vindos e somos bem tratados, e a minha impressão deste povo é muito boa, aliás melhorou!

Causa-me alguma estranheza a ideia de ter que pagar a troco de tudo o que possa fazer, uma informação que se dá, uma fotografia mais ousada que alguém quer tirar, um recado… Mas realmente, as condições adversas de trabalho que pude observar, a dureza do mesmo, a escassez de recursos foram para mim as justificativas para este modo de estar, e eu aceitei-o muito bem … Não condeno ninguém que luta por suprimir as necessidades básicas!

Este povo tem muitos trabalhadores, mas também muita inércia, existiam sempre a toda hora pessoas paradas, esplanadas cheias de marroquinos, na grande maioria do sexo masculino. Eu, uma defensora acérrima da igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres, prefiro nem me expressar neste sentido… as Mesquitas só podem ser frequentadas por homens, mas eu até acho, que eu é que impliquei com este pormenorzinho.

Ao volante nós portugueses tornamo-nos muito calmos e cívicos quando comparados com este povo, lá não há segundos a perder na estrada e as passadeiras para peões pareceram-me apenas decorativas!...

De muito positivo fica a simpatia e vontade de falar connosco, eles gostam de nós, e nem somos dos turistas com mais dinheiro…

O que senti desde o inicio e que talvez mais me tenha marcado foi a falta de alento no olhar, vi tanta falta de vivacidade, de querer, de esperança … mas acredito que quando se é “prisioneiro” dentro do país, quando não se conhecem outros “mundos” e quando os dias se repetem sem grande esperança de mudança, o olhar seja assim mesmo…

Marrocos, aconselha-se!"

-Eliana

Fim