SPOT ROOTS: MARROCOS 4

Ssalamu!!!
"A nossa curta estadia por terras marroquinas já nos permitiu constatar realidades muito distintas. A primeira cidade onde pernoitamos foi Chefchauoen, uma vila pacata onde se regista a apatia de muitos mas também o trabalho duro e pesado das gentes que se dedicam quase unicamente à terra e o que dela podem tirar. Chefchauoen vive do comércio da agricultura e dos turistas que a visitam.

De lá cruzamos alguns quilómetros de paisagens áridas e em Akchour procuramos um rio fantástico, que serviu como um refresco revigorante para a «longa» viagem até Fés.

Ao longo de 200km de muitas curvas intersectamos a ruralidade absoluta e uma pobreza aguda (em lugares mais inóspitos vê-se um marroquino a tentar vender cannabis ou um qualquer fruto, uns interagem com a nossa passagem outros mantêm o olhar perdido, outros ainda, preocupam-se em transportar água dos poços comunitários até casa. Ali vivem…).

[ENTRE RUAS E VIELAS]

Fés, significa 1 milhão de habitantes, um trânsito caótico e uma evidente diferenciação de classes. Os vendedores ambulantes irrompem a todo o instante, os pedintes também...
Os encantos não estão na «ville novelle», mas na antiga, Fés encerra a maior Medina de Marrocos. Aqui entra-se num mundo à parte, onde por entre ruas e vielas de metro e meio se vive a vida de uma forma intensa. Uma actividade comercial permanente ladeada pelo mundo do trabalho árduo e mal pago. Impressiono-me com o trabalho realizado no curtimento das peles, as tanoarias fazem-me lembrar a escravatura…Perante isto sinto-me ridícula a negociar qualquer artigo em pele, eles até podem gostar de negociar mas eu não.
Entretanto já chegámos à escaldante cidade de Marrakesh…e muito mais há a contar, mas fica para a próxima.
...................................................................................[TRABALHO ÁRDUO]
PS - enquanto escrevo este post o Hugo está no seu passatempo favorito. Aceitam-se apostas!!!

Até breve!"

- Eliana e Hugo

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